O Algoritmo Sou Eu #1
Na primeira semana, seguimos o desejo, a nostalgia e o apetite – por ideias, pelo passado e pelo que nos faz querer sempre um pouco mais.
WTF Is A Crush, Anyway?
Da excitação inicial até à obsessão silenciosa, as crushes são um misto de química, fantasia e contexto social. Alguns veem-nas como uma faísca de inspiração, outros como um jogo de ilusões que revela mais sobre quem sente do que sobre quem é alvo desse sentimento. Há quem as encare como um combustível emocional e quem reconheça nelas um padrão de autoengano.
Mas, no final, há uma forma certa de viver uma crush? Ou serão sempre um reflexo do momento e do que projetamos no outro?
Lê o artigo completo aqui
_
A Nostalgia Está a Matar a Criatividade?
A questão não é apenas o enfraquecimento da criatividade, mas também o ciclo em que a cultura parece ter entrado – onde o passado é constantemente revisitado e reciclado, enquanto o novo tenta encontrar espaço. E até que ponto essa tendência molda a forma como inovamos.
A nostalgia pode ser um mecanismo de defesa, uma forma de encontrar estabilidade em memórias idealizadas num mundo em constante mudança. Ao mesmo tempo, há um paradoxo curioso: uma geração que vive sempre online pode, paradoxalmente, sentir-se mais solitária do que nunca. A busca pelo passado pode ser menos sobre fugir do presente e mais sobre recuperar uma sensação de autenticidade que parece mais difícil de encontrar na era digital, percebendo que o "off" tem um valor próprio.
No fundo, a questão não é se estamos a reciclar ou a reinventar o passado – mas antes, o que isso nos diz sobre o presente. E será que a nostalgia está a bloquear a criatividade ou apenas a guiá-la por outros caminhos?
Lê o artigo completo aqui
_
Orange Juice Identity Crisis
Se a nostalgia tem o poder de transformar qualquer coisa em tendência, porque é que o sumo de laranja perdeu relevância?
Em tempos, foi um essencial do pequeno-almoço mas sem uma narrativa forte para o sustentar, ficou à deriva num mercado dominado por bebidas funcionais e personalizadas. Enquanto marcas reinventam produtos antigos através da nostalgia, o sumo de laranja não soube adaptar-se e vive sem uma história que o resgate do esquecimento.
No fim, não são apenas os produtos que desaparecem – são as histórias que deixamos de contar. Se um produto não encontra forma de se reinventar, perde-se na memória coletiva. O sumo de laranja não se tornou irrelevante por falta de qualidade, mas porque ninguém soube reescrever o seu papel no presente.
Lê o artigo completo aqui
_
Ever Wonder Why You Can Always Find Room for Dessert?
Quando dizemos que já não conseguimos comer mais, aparece a sobremesa e, de repente, já há espaço.
O fenómeno tem nome: saciedade sensorial específica. O cérebro não se farta de comida no geral – farta-se de repetição. Depois de um prato salgado, um sabor doce ativa um novo circuito no apetite. É como se dissesse "chega" para o jantar, mas "espera lá" para a sobremesa.
Evolutivamente, faz sentido. O açúcar, sendo algo raro na natureza, tornou-se um sinal de energia extra, e o cérebro ajustou-se para nunca o desperdiçar. Os buffets e os menus de degustação exploram este mecanismo— variedade para prolongar a vontade de comer. O próprio marketing posiciona as sobremesas como um "extra", escapando à saciedade.
Mas esta lógica vai além da comida. As redes sociais, o fast fashion e o streaming fazem o mesmo, mantendo-nos sempre atentos com novos estímulos que evitam a sensação de "já chega". Se há sempre espaço para a sobremesa, que outros desejos podem ser despertados com o estímulo certo? Será que escolhemos – ou apenas respondemos?
Lê o artigo completo aqui

